Poemas

26 de Outubro 2012
A Todos os meus antepassados.  
Sua vida era pescar na terra que os viu nascer...
Mas "Vieira" esse teu mar,
Sempre teimou em negar...

O sustento para viver. 
E do mar não vinha nada!
Filhos e mulheres com fome...
Isto assim não é viver!

Pensa bem na vida "home".
E do mar desiludidos...
Os AVIEIROS DO TEJO, trouxeram mulheres e filhos...
Muitos sonhos...e desejos...

À terra jamais voltaram!
Fixaram-se a beira tejo...
E assim... por aqui ficaram.
E nós... descendentes desses seres,

Sem saber dos seus sofreres,
Embalados pelo tejo dentro do barco a dormir,
Sem pensar em desalento...
Nossos pais no mesmo barco, pescavam nosso sustento.

AVIEIROS DO TEJO Azinhaga hoje aqui está!
Teus descendentes também jamais vos esqueceram!
Que o Divino Espírito Santo cubra com seu fino manto quem esta homenagem fez ao recordar o passado...
E a todos quantos cá estão... 
Do fundo do coração quero dizer... 
OBRIGADA.
Poema de Odete Lobo
_____________________________________________________________________________________
8 de Outubro 2012
Avieiros
Avieiros do tejo,
Sua vida era pescar,
Com coragem e alento,
Mas Vieira esse teu mar,
Sempre teimou em negar,
O pão para o teu sustento,

E do mar não vinha nada,
Filhos e mulheres com fome,
Isto assim não é viver,
Pensa bem na vida home.

E então os avieiros desgostosos com o mar,
Mas nunca perdendo o norte,
Vieram para a beira tejo procurando melhor sorte.
Ao mar...nunca mais voltaram!

Fixaram-se a beira tejo...
E para sempre ficaram.
E eu descendente dessa gente,
Humilde,nobre,valente,
Aqui estou para os recordar,
Enviar-lhes um beijinho,
Com muito amor e carinho sempre os saberei honrar.

Poema de Odete Lobo
_____________________________________________________________________________________

28 de Setembro 2012
Palhaços
Apenas vejo palhaços!
Que fingem abrir seus braços,
Com amor e com verdade,
Mas não passam de uns fracassos
Quais espelhos, velhos, baços!
Escondendo a realidade.

Palhaços!
Bonecos manipulados pisando o palco da vida
Pensando que são alguém!
Levando a vida a sorrir e que riem que desdém
Para tentar encobrir os pobres que a vida tem.

Palhaços!
Vivem fazendo amor sem o sentir!
Fazem juras de amor mas não amam ninguém!
Passam a vida sorrindo e a mentir
Para a sociedade assistir e ver que tudo está bem.

Palhaços!
E até aos palhaços ricos são os mais pobres palhaços!
Vivendo na vida a exmo! Percorrendo a mesma estrada!
Que vão sofrendo em silêncio e vão rindo à gargalhada.

Palhaços!
És tu! E ele! São todos! Que vivem das aparências,
E de falsas ilusões!
No peito? Ora no peito… no peito têm gelo em vez de corações!
E eu… como não sou bom ator… que não vivo alheia à dor…
E que a vida vivo a amar sem fazer sofrer ninguém…
No palco não posso entrar porque a vocês… não convém.
Depois… bem depois… no fim da vida…
Olham para trás de fugida e apenas restam fracassos
Aprendem a estar na vida… vivam a vida…
Palhaços!


Poema de Odete Lobo
_____________________________________________________________________________________

22  de Setembro 2012
SILENCIO..
Está o campino a dançar,
Esses passos de fandango, 
Que só ele sabe dar.
Depois...as sais redondas!
A dançar o nosso vira,
Cantado pelo Albano, 
Na sua voz de soprano,
Que a nossa alma delira.

SILENCIO...
Passa a Azinhaga!
Está o Rufino a tocar,
Rapazes e raparigas,
Com suas roupas garridas, 
E sorrisos de encantar. 

SILENCIO...
Mas também vem a saudade.. 
Saudade dos que partiram!
Que nos deram como herança,
Os seus dons em cada dança,
Esta nossa tradição..
ONDE CHEGAM OS CAMPINOS 
BATE A TERRA TREME O CHÃO!
Poema de Odete Lobo


_____________________________________________________________________________________



Aldeia Mais Portuguesa do Ribatejo

Aldeia mais Portuguesa,
A beira tejo nascida,
Tens pintores e tens escritores,
Campinos e lavradores,
Pescadores ganhando a vida.       

Senhora da Piedade,
Não sei qual a tua idade,
Mas da Azinhaga és rainha,
A ti rezo um padre nosso,
Sempre que preciso e posso,
Ao entrar na capelinha,

Linda terra colorida,
Que dás vida á minha vida,
Que dás luz ao meu viver,
Quem me dera terra querida,
Que ao chagar ao fim da vida,
Em teus braços vir morrer,

Dentro de um barco eu vivi,
Pelo tejo fui embalada,
E hoje para lhe agradeçer,
Á noite o tejo vou ver,
Pra lhe dizer...obrigada.
Poema de Odete Lobo

Comentários